quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Exames, exames e mais exames...

Que grávidas sofrem com exames eu já sabia, mas não imaginava que era tanto até eu ir buscar as autorizações no meu plano de saúde e a atendente me entregar doze folhas autorizadas. Tem alguns exames que eu já sabia que teria que fazer, mas outros...Entre os doze, tinha exame de urina, fezes, tipo sangíneo, papanicolau, hemograma completo, ultrassonografia, HIV, diabete, do cotonete e outros.
Esse conhecido como exame do cotonete, algumas mulheres tinham me dito que era horrível, mas a sensação é de exatamente nada. A enfermeira passa um cotonete por fora da vagina e do anus. Realmente indolor. Mas o exame de diabete é terrível, sem dúvidas o pior. Eu deveria ficar doze horas de jejum para realizar o exame (aliás, quem foi que inventou que mulher grávida deve ficar de jejum?? Isso é monstruoso, grávidas sentem MUITA fome!). Lá estava eu, às 09:00h com doze horas de pura fome. Era obrigatório ter acompanhante, meu pai estava comigo. A enfermeira chamou meu nome, entrei, sentei e ela veio com um aparelhinho de furar o dedo...
Rápido, sem dor, bastante sangue, ufa! Mas aquele não era O exame. Ela colocou a borracha no meu braço, passou alcool e falou: Abre e fecha a mão, vai ser rápido, só dois tubinhos (como assim só dois tubinhos?? Tenho pavor a agulhas), finalizou o exame e me entregou uma garrafinha com um líquido transparente, eu tinha que beber tudo de uma vez e esperar duas horas para repetir o exame de sangue no outro braço. 500ml de glicose pura, tinha um gosto parecido com H2O de limão, mas MUITO enjoativo. Após tomar, ela me explicou que eu ainda não poderia comer, não poderia ir ao banheiro , não beber água e nem sair de lá, mais duas horas de fome e sede. Após meia hora começei a passar mal, sentia muita tontura e ânsia de vômito. O bebê fica super agitado, parece que vai nascer. Fui falar para a enfermeira tudo o que estava sentindo e ela disse que era normal e que eu não poderia vomitar, se não teria que repetir o exame um outro dia. Aguentei as duas horas graças ao meu pai que teve uma paciência de ouro comigo, e então repeti o exame. É realmente sofrido, é um outro tipo de agulha, dói. Mas tudo influêncía no futuro do bebê, ela disse que diabete gestacional pode causar até cegueira no feto. Todos os resultados foram excelentes. Mamãe e bebê estam super bem, graças a Deus. 

Bebê mexendo

Estavámos no carro, indo para a casa da minha madrinha. Eu estava comendo chocolate e mexendo no celular, e então sentí algo desconhecido em mim. Fiquei parada, praticamente sem respirar, queria sentir novamente, e senti.
Com a visão turva causada pelas lágrimas, perguntei à minha mãe qual era a sensação que tínhamos quando o bebê se mexe. Ela me disse que era semelhante a cócegas, borboletas voando ou leves empurrõezinhos. 
- Mãe, não sei, mas o que senti não foram leves empurrõezinhos não, foram dois chutes mesmo. Eu já estava de quase cinco meses e nunca tinha sentido nada, ou então, eu nunca tinha percebido os leves movimentos das borboletas voando. Depois desses chutes eu ficava a maior parte do tempo acariciando a barriga, esperando chutes à todo momento.
' Bebê, foi maravilhoso te sentir mexer hoje. Percebi que estamos em imensa sintonia de amor. A mamãe esperou tanto por esse momento...É ótimo saber que está crescendo e se desenvolvendo bem e forte. E que forte! A mamãe te ama muito. Obrigada por existir e por dar sentido à minha vida. Com amor e ansiedade, mamãe.' 

Iniciando meu pré-natal

Eu já estava com quatro meses de gestação e até então não tinha ido ao médico. Liguei no consultório do ginecologista que cuidava de mim há algum tempo, mas infelizmente ele não é obstetra. Resolvi então procurar no google qual o melhor obstetra do meu plano de saúde que atendia na minha cidade. Dr° Valmeci da Cunha, a quase duas horas de distância da minha casa. Liguei para marcar uma consulta mas era impossível conseguir data. A atendente me disse que todas as segundas-feiras ele fazia encaixes, eu poderia chegar às 07:00h e tentar um encaixe. Assim eu fiz, quando cheguei haviam 1725306 mulheres na minha frente, todas barrigudas, e então eu comecei a me sentir realmente grávida. Eu também estava alí, ao lado de todas aquelas mulheres, com meu rg em uma mão e com a outra estava acariciando a pequena bolinha que era minha barriga. Quando chamaram meu nome já era quase 12:20h, e eu já estava super cansada. Entrei na sala e ele começou a fazer as perguntas de praxe: Quantos anos? Data da última menstruação? Primeira gestação?...Ele é bem profissional, atencioso, carinhoso, explica tudo, tira dúvidas (até as mais bobas de uma mãe de primeira viagem), dá dicas e não tem pressa. De fato, um bom médico. Ele me pesou, mediu a pressão, fez solicitação de diversos exames, me examinou e colocou na minha barriga um aparelho para ouvir o coraçãozinho do bebê. Aaaaah, como foi bom ouvir sua vida sobre a minha e saber que tudo estava perfeitamente bem. 
Ele me explicou sobre tudo o que eu deveria tomar cuidado (estava com descolamento de placenta), e me deu um cartão de pré-natal com uma consulta marcada para o próximo mês. 
Minha primeira consulta foi melhor do que eu esperava, gostei do médico, do lugar, das pessoas...Com certeza ele cuidaria de mim e do meu filho no mínimo pelos próximos seis meses.       

Saindo do serviço.

  Quando eu descobri que estava grávida, fazia um mês e meio que eu tinha entrado no serviço novo (loja de móveis planejados), estava no período de experiência. Um dia acordei passando mal e fui ao hospital, passei o dia em observação tomando soro. No dia seguinte, assim que cheguei na loja fui explicar ao meu gerente o motivo da minha falta e falei da gravidez. A princípio ele disse que não teria problema e eu continuaria na empresa. Após quinze dias da nossa conversa ele me chamou para conversar novamente, disse que eu não poderia continuar trabalhando, que o período que eu fosse ficar afastada pela maternidade iria prejudica-los. De imediato fiquei sem chão, pensei em todas as coisas que eu ainda tinha que comprar e fazer pelo bebê, como conseguiria desempregada? Quem me daria um novo emprego grávida?
Chorei muito. Apesar de eu ainda estar recebendo o seguro desemprego da imobiliária em que fiz um acordo, lá era um bom emprego. Mas pensando bem, foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Assim, todo o meu tempo seria dedicado para nós, eu e ele.  

Hora de gastar um '' POUQUINHO''.

Depois da conversa com  o Richard, ficou combinado entre nós que eu iria comprar os móveis do bebê  e ele pagaria metade. Eu sou aquele tipo de pessoa que independente do valor, SEMPRE compra coisas muito boas. Sempre penso nas vantagens de comprar o melhor...Segurança, tempo de garantia, praticidade, utilidade, beleza, se é bom pro tempo que pretendo usar e etc.
 Fui com minha mãe em uma loja que vende tudo para bebês (Lojão do Baixinho), mais ou menos perto de casa. Após três horas dentro da loja eu escolhi um  berço, uma cômoda e um  guarda-roupas. Um berço grande, branco (adoro móveis brancos para bebês, transmite tranquilidade), é berço, depois vira uma cama (que pode ser usada até os cinco anos) e depois vira um  sofázinho. Achei super legal, além  de lindo (R$ 490,00). A cômoda foi fácil de escolher, tem  quatro gavetas, duas brancas e duas azuis (a última é maior, pode ser usada para guardar pacotes de fraldas), por toda a cômoda tem contornos de ursinhos em  auto-relevo, super fofa! (R$ 350,00). O guarda-roupas foi a escolha mais difícil pra mim. Qual levar sendo que também  escolhi uma cômoda? Mas minha mãe me conhece, ela sabe como sou exagerada, então ela disse que eu não deveria comprar um guarda-roupas pequeno, disse para eu comprar um  médio por que com certeza iria precisar. Tudo bem, escolhi um todo branco, bem  alto, grande (tem espaço para guardar cobertores, espaço para pendurar roupinhas e três gavetas), e tem  quadradinhos de vidro nas portas para que as roupinhas possam  ser vistas, um charme. Esse estava na promoção, me custou R$ 780,00. 
Como sou muito ansiosa, já quis comprar o kit do quarto, o tema eu escolhi dos bichinhos do Safari, lindos. Comprei um porta fraldas, uma cesta para produtos de higiêne e um abajur (Tudo na cor azul). Essas peças eu achei bem carinhas, R$ 55,00 cada peça. Comprei também a faixa de parede no mesmo tema (R$ 57,00 / 10 metros). Colchão R$ 130,00. Comprei um jogo de lençol no mesmo tema (R$23,00).
Quando estávamos indo para o caixa, a vendedora me chamou para me mostrar  um  acessório para o berço, um trocador. Hããããm??  Isso mesmo, um trocador que se encaixa nas laterais do berço, o bebê ficaria na minha altura, não precisaria troca-lo dentro do berço ou na minha cama. O máximo! (R$ 100,00). Tudo chegará em até 30 dias úteis.
Saí da loja radiante. Amei passar o dia escolhendo coisas para o meu bebê. ' Mesmo sem te conhecer, eu sabia que tudo combinaria com você, meu anjo. '  

terça-feira, 30 de abril de 2013

E o pai??

 Depois que o Richard contou sobre a gravidez para os meus pais, meu pai ficou muito nervoso e disse que só aceitaria conversar com o Richard quando estivesse tudo calmo.
Um dia meu pai ligou para o Richard e disse que queria que ele viesse aqui para conversar e que viesse com a mãe dele. E assim aconteceu.
Cheguei do serviço e os dois estavam aqui em casa. Eu ainda sentia raiva dele, então entrei, dei um oi de longe e me sentei.
O Richard ficou me olhando de um jeito como se fosse a primeira vez que estava me vendo, um jeito admirador, prestando atenção em todos os detalhes, afinal, eu já estava no quinto mês de gestação, a barriga estava grandinha.
A conversa acabou e o Richard pediu para conversar comigo em particular, fomos para a cozinha. Ele disse que eu era a grávida mais linda do mundo e pediu para ver e tocar na barriga. Mesmo contrariada eu deixei, pois a última vez que ele tinha me visto eu estava sem barriga alguma.
Ele ficou alguns minutos acariciando a barriga com um sorriso de orelha á orelha, todo bobo.
Pediu para que eu deixasse ele participar das coisas sobre o bebê, que era muito importante pra ele acompanhar tudo de perto. Concordei.
Aquela conversa foi muito boa, no mesmo momento senti que a raiva diminuiu e senti vontade de deixar ele estar sempre por perto.
E começamos a conversar por celular todos os dias.
Aquilo certamente me fazia bem.


Adaptações para algo totalmente novo.

Na nossa casa a pessoa mais nova sou eu, então estamos acostumados com o cotidiano corrido. Meu pai, minha irmã e eu trabalhamos fora. Meu pai trabalha um dia sim e outro não, das 07:00h ás 19:00h. Minha irmã trabalha de segunda á sexta das 09:00h ás 18:00h e eu de segunda á sexta das 10:00h ás 17:00h. Então a casa está o tempo todo em movimento.
Eu chegava do serviço ás 18:00h e ás 19:00h já estava entrando na escola. Só conversava com todos após ás 23:00h.
Minha mãe adora enfeites. Então por toda a casa, em todos os móveis tem muitas coisas. Mas tudo bem né, em casa só tinha adultos.
O quarto foi algo muito sério. De um quarto TOTALMENTE de menina, paredes lilás, com colchas de borboletas, lençóis de flores. Mesinha do computador cheia de enfeites. Na cabeceira da cama muitas bonequinhas, brinquedinhos do Mc e etc. Derrepente, Puff. Uma baita de uma transformação, tudo sendo desmontado e guardado para a preparação para algo novo.
Aí vão algumas fotos da mudança.
 




 
Essas coisas dão muuuuito trabalho. Ainda mais quando minha mãe decidiu que ela faria.
Mas valeu a pena todo o seu esforço, ficou muito lindo. De fato, um quarto de menino.